A PONTE
Nós vamos morrer. Podemos escolher quando e como morreremos. Apesar de saber disso, investigar essa hipótese durante uma hora e meia pode ser perturbador. Julgamentos de valor e moral à parte, o documentário A Ponte desperta curiosidade ao discorrer uma análise sobre a autodestruição. Faz pensar no inegável fascínio que a morte exerce sobre nós.
A ponte em questão é a Golden Gate, em San Francisco, um dos locais procurados por suicidas nos EUA. Ao longo do ano de 2004 o diretor Eric Steel filmou a ponte sob diversos ângulos e, nesse período, conseguiu registrar 24 pessoas saltando para a morte de uma altura de quase 70 metros, em seguida documentou os depoimentos de amigos e familiares de seis suicidas desse grupo.
Um dos pontos mais interessantes do filme é o relato corajoso de Kevin Hines, 23 anos, que sobreviveu ao salto. Suas palavras dissipam a idéia pré-concebida que a maioria de nós tem sobre pessoas que desistem de si mesmas. À primeira vista ele não tinha motivo para chegar às vias de fato: dizia-se amado pelos pais, bem suscedido nos estudos, com muitos amigos e namorada. Conhecer suas razões pode impressionar os mais suscetíveis. "Queria fazer um filme sobre o espírito humano em crise", afirmou o diretor Steel. Pelo visto, conseguiu.
Um comentário:
Sensacional. Qdo perguntaram ao diretor se não havia da parte dele especulação em pró de seu documentário ele respondeu: - vc não ia querer que eu interferisse na vontade daqueles que ia por fim a vida. Esse é o papel do documentarista.
Concordo com ele se há mazela, intolerância ou corrupção lá estão eles pra registrar e nada mudar. Pq pra mim esse é o papel do documentário: o registro (tendencioso ou não).
Um filme pra chocar muitos e empolgar poucos. Sai da projeção empolgado.
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