BABEL



Muito aquém aos filmes anteriores da dupla Iñarritu e Arriaga, diretor e roiteirista. O que não faz deste um filme ruim. Pelo contrário. Mas deixou muito a desejar, sobretudo na expectativa que gerou. Talvez quem não conhecia as obras anteriores – Amores Brutos e 21 Gramas – se empolgue mais. Guillermo Arriaga imprimiu no roteiro o mesmo estilo entrecortado, com personagens em situações angustiantes, que usou nos ótimos textos de Amores Brutos, 21 Gramas e Três Enterros (esse último dirigido por Tommy Lee Jones), só que desta vez numa abrangência geográfica maior. Talvez isso tenha tirado um pouco o fôlego da história. O casal norte-americano destoa de todo o resto, na atuação over de Brad Pitt e no desempenho contido de Cate Blanchet. Em compensação a sub-trama que acontece em Tóquio vale o ingresso. As interpretações de Rinko Kikuchi e Adriana Barraza, na pele da adolescente japonesa e da babá mexicana são um show a parte. Um filme grande, mas certamente não é um grande filme.

3 comentários:

Unknown disse...

De longe, achei Babel melhor que Os Infiltrados, que ganhou o Oscar de melhor filme. Gostei, não exatamente pela produção, mas pelo roteiro, pela atuação das coadjuvantes, pelo significado (deveria ter um prêmio para essa categoria). A chamada dá a idéia de que vamos ter problemas de comunicação devido aos idiomas, mas no filme vemos que o problema é bem outro do psicológico ao político.

Unknown disse...

"Babel" é bom e ponto! O diretor terminou bem a trilogia! Grande elenco e história bem amarrada. Adriana Barraza (é assim que se escreve?) está excelente!

Unknown disse...

Alejandro, eis ai um grande mestre do cinema. Sua direção é original e metalinguistica.